sábado, 31 de outubro de 2009

"Eu e os meus irmãos"

As histórias de luta e sobrevivência dos "órfãos de SIDA" em Moçambique.

O HIV/SIDA é dos maiores flagelos das sociedades contemporâneas, atingindo sobretudo países em que a pobreza é avassaladora. O VIH/SIDA e a pobreza extrema são duas realidades que se potenciam.

Moçambique situa-se entre os oito países do mundo com maior taxa de prevalência estimada de VIH em adultos em idade produtiva. A situação do VIH/SIDA na Província de Gaza é cada vez mais dramática, caracterizando-se por um aumento do número de novas infecções à medida que o tempo vai passando. De acordo com os dados da última ronda de Vigilância Epidemiológica de VIH, em 2007, divulgados pelo Ministério da Saúde, o distrito de Bilene/Macia, pertencente a Gaza, passou a ser afectado pela epidemia com a taxa de prevalência de VIH estimada em 27%.

A experiência das COV’s (Crianças Orfãs e Vulneráveis) varia significativamente entre famílias, comunidades e países. As crianças são indirectamente e directamente afectadas por esta doença. Indirectamente, quando as suas comunidades, e os serviços que essas comunidades fornecem, são levados ao limite pelas consequências da epidemia VIH/SIDA. O VIH/SIDA afecta directamente a criança praticamente todos os aspectos do desenvolvimento infantil. As COV’s estão no mais alto risco de perder a sua formação escolar, o acesso à saúde, de viver em casas com menos segurança alimentar (desnutrição), de apresentarem fraco desenvolvimento físico, ansiedade/depressão e maior exposição ao VIH. Além disso a epidemia reforça a marginalização e a destruição, e coloca os encargos da perda, medo e responsabilidades que geralmente são dos adultos sobre as crianças.

Entre estatísticas, debates, uma infinidade de documentos que se encontram em tudo o que é sítio em relação a esta problemática, nada há como conhecer e entrar na realidade dos protagonistas destas histórias, ver a força que têm todos os dias em que se levantam e não sabem se sequer irão comer para repôr todas as energias que serão gastas nesse dia, não sabem o que será a sua vida ou a dos seus filhos, irmãos, mas as forças para sorrir e lutar por cada dia não se esgotam... "nunca tiveram água ou electricidade, rádio ou televisão"... e há quem eleja como falta capital uma bola de futebol, e quando lhes perguntamos o que lhes faz falta, a resposta é "nada, nada. Só... nada, nada, nada... Está tudo bom, sim..." com um sorriso inspirador.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Próximo encontro G.A.S Porto-padrinhos

O G.A.S. Porto durante os meses de Agosto e Setembro esteve novamente em Moçambique. Na mala trouxe um sem fim de histórias para contar, imagens gravadas nas lentes das máquinas e nas suas mentes... Queremos partilhar este bocadinho de Moçambique com cada um de vós, por isso no dia 8 de Novembro, pelas 15h na FEUP, estaremos juntos e mais próximo de Moçambique.

Até lá,

Estamos Juntos!